domingo, 15 de julho de 2012

Informativo do Comando Nacional de Greve estudantil sobre a proposta do Governo aos professores

Professores não aceitam proposta e a greve continua!

Governo Dilma e mídia trabalhando juntos para desmontar a greve!

Hoje, 13 de Julho, aconteceu a reunião de negociação do Ministério do Planejamento com o Comando Nacional de Greve do Andes, SINASEFE e com o PROIFES. Essa mesa retoma as negociações que foram feitas no ano passado, que aprovaram o reajuste de 4% para os docentes, o qual foi desrespeitado pelo governo federal. O reestabelecimento das negociações é uma resposta à pressão das categorias em greve, mas o seu objetivo está longe de colocar a educação como prioridade. Ao contrário, a preocupação principal é fazer de tudo para dividir as categorias em greve e evitar que a força da greve imponha derrotas ao governo em todo o seu projeto de educação.

Vemos os números oficiais sobre o crescimento econômico muito abaixo do esperado. Quando a crise econômica chega às portas do Brasil, o governo continua priorizando o pagamento da dívida pública, favorecimento aos banqueiros e empresários. Por isso, a greve é uma grande pedra no sapato. Ceder às pautas dos 3 segmentos em greve é comprometer toda sua política econômica. 

Qual a proposta do governo aos docentes?

Mesmo sem um retorno da negociação, a mídia divulga: “proposta de reajuste de 45% aos docentes em greve” ou “governo fecha acordo com os docentes”. A proposta apresentada continua tendo como base o que já estava na mesa desde o ano passado, com elementos ainda piores que as anteriores. Além disso, o reajuste de 45% divulgado pela mídia contempla apenas os doutores titulares, último nível da carreira docente, que significa menos de 10% dos professores na ativa. 

Os professores ainda vão avaliar a proposta de reestruturação da carreira apresentada em seu Comando Nacional e nas bases, mas já apontam os problemas: “o governo quer fazer os professores trabalharem mais, com uma progressão lenta da carreira, implementando ainda toda a sua politica para a educação, como o PRONATEC”, afirmou Guttemberg do SINASEFE. 

E aos estudantes e técnicos administrativos?

Até agora não tivemos uma contra proposta aos estudantes apresentada pelo MEC, nem a reunião com o Ministério do Planejamento foi marcada. Na ultima reunião, apresentamos nossa pauta e exigimos uma mesa conjunta com os Ministérios, para parar com o empurra-empurra e termos respostas efetivas. Até agora, nada. 

O governo quer dividir o movimento grevista. Não tem nenhuma proposta apresentada até agora para as demais categorias. Os técnicos administrativos fizeram no ano passado uma greve e não tiveram nenhuma de suas pautas atendidas. Agora, mais um vez, o governo se nega a negociar com o conjunto dos trabalhadores e com os estudantes.

Avançar na unidade das categorias em greve
Sabemos que, para dar uma resposta à altura do projeto de educação que estamos construindo nessa greve, o governo deve atender às reivindicaçoes de todas as categorias. O papel do movimento grevista deve ser exigir que a negociação ocorra com todos os setores. Por isso, o Comando Nacional de Greve Estudantil chama os Comandos de Greve das outras categorias para caminharmos juntos, realizando ações unitárias nos estados e construindo, em Brasília, um Comando Nacional de Greve Unificado dos três setores. 

É hora de radicalizar: todos à Marcha do dia 18!
As ocupações de reitoria da UNB, UFPR, UFES e UFRJ já mostraram o caminho. É hora de apostar na radicalização das nossas ações, construindo atos unificados nos estados, a grande Marcha a Brasília no dia 18 e o Acampamento Nacional de todos os grevistas. Já são quase mil estudantes de todo o país preparando as caravanas para, junto com professores, técnico e os servidores públicos federais, realizarem nossa grande Marcha. Dia 18, vamos exigir nas ruas: Chega de enrolação! Negocia, Dilma!

“A greve continua. Dilma, a culpa é sua”