segunda-feira, 20 de abril de 2015

Nota de esclarecimento sobre o último happy hour

     O Centro Acadêmico de Letras da Universidade de Brasília torna público seu pesar pela reportagem descompromissada com a realidade publicada nesta quinta-feira (16/04) no site da Universidade, cujo título é “Festas transgridem normas de convivência, avalia DAC”. A reportagem afirma que houve declinação, por parte da gestão do Centro Acadêmico, de pedido de reunião com o decanato e a direção do Instituto de Letras dias antes do evento, que cerca de 2000 estudantes estiveram presentes, que apresentamos uma autorização inválida, sugerindo uma falsificação de documentos, além de usar a imagem do lixo próximo ao Teatro de Arena em decorrência de uma festa realizada dia 02 de abril.
      Logo no primeiro parágrafo do texto em questão, diz-se que a festa promovida pelo CALet foi marcada por “acúmulo de lixo” e “barulho”. Ora, o evento só começou de fato às 22h40min, justamente pelo nosso compromisso de respeitar o momento de aula de discentes e docentes. Já a limpeza foi realizada de forma comunitária e eficaz, de modo que às 7h toda área do ICC onde houve a confraternização estava em perfeito estado, o que foi registrado por fotografias. Destacamos ainda que no evento por nós organizado tudo ocorreu de forma excelente, já que não foram registradas ocorrências de violência, abuso ou depredação ao patrimônio público.
      Por diversas vezes tentamos, em vão, uma reunião com a Decanato de Assuntos Comunitários (DAC) e Instituto de Letras (IL). O que a reportagem da UnB não diz é que a alegação de indisponibilidade de agenda do Coordenador Geral do CALet se deu após TRÊS remarcações “em cima da hora” da referida reunião, somente uma reunião aconteceu, ainda no dia 19/03, e com a decana em exercício, Carolina Cássia Batista Santos, que pediu, devido a situação pontual de uma possível força-tarefa da Polícia Militar do Distrito Federal, naquela data, para resolver uma questão maior de segurança que afetara a vida da comunidade estudantil, em geral, e das mulheres estudantes, em particular. É importante ressaltar que nós remarcamos o evento, mas, ainda assim, ocorreram eventos de mesma natureza no Instituto Central de Ciências e nenhuma medida foi tomada.
      Além das incessantes tentativas de diálogo com DAC, pedimos, ainda quando o evento seria realizado em 19/03, a praça Chico Mendes, a qual nos foi negada. A alternativa primeira que nos foi oferecida, e nem pela decana, mas pela diretora Lucila Souto Mayor Rondon de Andrade, da Diretoria de Esporte, Arte e Cultura, foi de fazer o evento nas “orelhinhas do Centro Comunitário” em data a ser combinada no final de maio, o que seria inviável, tendo em vista que um dos objetivos da realização do evento, é angariar fundos para financiar a ida dos estudantes ao Encontro Nacional dos Estudantes de Letras, e as exigências para realização do evento neste local; como por exemplo, taxas a serem pagas para a liberação do espaço e quantidade mínima pessoas para que o evento ocorra.
      Quanto ao número estimado de participantes no evento informado pela Diretoria de Segurança (DISEG-UnB), afirmamos que o número de estudantes presentes no evento é inferior à contagem feita pela Diretoria, ainda que o Instituto de Letras conte com cerca de 3.000 alunos regularmente matriculados, levando em consideração o lucro obtido e as fotografias do espaço.
A reportagem é irresponsável e mentirosa quando afirma que pessoas pularam os portões da universidade, o que não ocorreu já que os portões ficaram abertos, assim como mente ao afirmar que os organizadores apresentaram uma autorização falsa, o que foi entregue a DISEG-UnB foi um termo feito pela coordenação do CALet assumindo a responsabilidade pelo espaço e se comprometendo a arcar com os possíveis danos ao patrimônio.
      É nítida a politica de criminalização do movimento estudantil da Universidade que a atual reitoria tenta aplicar a todo custo na Universidade de Brasília ao impedir a realização de eventos promovidos por centros acadêmicos e movimentos organizados dentro da Universidade, por outro lado permite a realização de eventos realizados por pessoas externas à universidade que não têm o compromisso e o zelo com o patrimônio publico, como foi o caso das festas organizadas no dia 02 no Teatro de Arena e dia 18 de abril na praça Chico Mendes.
      Por fim não recuaremos de nossas posições e não aceitaremos que nenhuma organização estudantil seja punida por usar o espaço físico da universidade para a realização de quaisquer atividades e continuaremos na luta por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e de portas abertas à comunidade.

Centro Acadêmico de Letras