sexta-feira, 21 de maio de 2010

Novo calendário acadêmico é definido

Aulas vão até 4 de setembro e o prazo para entrega das menções finais é 10 de setembro. Recesso será em dezembro

Thássia Alves - Da Secretaria de Comunicação da UnB

O novo calendário acadêmico de 2010 foi definido. A decisão foi tomada na reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe), nesta quinta-feira, 20 de maio. As aulas seguem até 4 de setembro. O segundo semestre começa em 27 de setembro e termina em 8 de fevereiro, com recesso entre os dias 20 de dezembro e 2 de janeiro.

O calendário foi elaborado pela Secretaria de Administração Acadêmica (SAA) e pelo Decanato de Graduação (DEG). “A universidade não pode viver em um momento de incerteza. É obrigação da administração oferecer um calendário. Apesar de todas as dificuldades que enfrentamos sem os técnicos, temos que manter as aulas”, salientou a decana Márcia Abrahão.

A falta de serviços básicos prestados pelos técnico-administrativos e as condições precárias dos alunos em situação de vulnerabilidade econômica foi amplamente discutida pelos conselheiros.

SEM OS TÉCNICOS - A funcionalidade dos serviços de laboratórios, transporte e alimentação foi questionada. Carlos José Passos, professor de Gestão em Saúde Ambiental do campus de Planaltina, contou que as disciplinas que exigem saída da universidade não estão acontecendo por falta de combustível.

Segundo ele, diferentemente do campus Darcy, os corredores de Planaltina continuam vazios, principalmente à noite. “A garagem central está fechada. Sem os passes, os nossos alunos não conseguem chegar até a universidade”, descreveu. Com a decisão, ele afirma que ainda não sabe como vai fazer com as disciplinas externas. “Uma alternativa é adiantar o conteúdo teórico”, completou.

Os técnico-administrativos marcaram presença na reunião. Munidos de faixas pedindo a manutenção da URP, o discurso do grupo foi de que a definição do calendário não traz nenhuma consequência para o movimento grevista. “Viemos para cá fazer um protesto simbólico. Nossa luta continua independente dos alunos e dos professores”, afirmou Mauro Mendes, coordenador de administração do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub).

Raul Cardoso, estudante de Ciência Política e coordenador-geral do Diretório Acadêmico dos Estudantes (DCE), mostrou preocupação com o funcionamento da universidade sem o trabalho dos técnicos. “A universidade não pode funcionar pela metade”, afirmou. A decisão de definir o calendário não agradou o estudante. “Isso reflete o pensamento individualista dos professores. Eles se acham donos da UnB. Se a greve deles acabou, por que a dos outros também tem que terminar?”, indagou.

MEDIDAS COMPENSATÓRIAS - Além do calendário, foram votadas medidas que visam não causar prejuízos aos alunos, principalmente os de baixa renda. Os estudantes terão suas faltas abonadas, retroativas ao dia 11. Além disso, aqueles que desejarem retirar disciplinas da grade curricular poderão fazer isso. O trancamento geral de matrículas justificado também poderá ser feito até 2 de junho.

O pagamento das bolsas de permanência e alimentação foi garantido. Rachel Nunes da Cunha, decana de Assuntos Comunitários, aproveitou a reunião para informar que ontem foi fechado o pagamento de 423 bolsas. Os alunos receberam duas parcelas no valor de R$ 465,10, referentes ao meses de abril e maio. “Houve um atraso em razão da falta dos técnicos. Mas trabalhamos para pagar os estudantes. Deixamos de cuidar da gestão para tratar dessa demanda”, disse.

Uma comissão de supervisão da qualidade do ensino também foi criada. A intenção é que o grupo, formado por três alunos e três professores, possa verificar se o calendário está sendo cumprido e auxiliar o Cepe em medidas de amparo aos alunos.


Fonte: Secom UnB

Um comentário:

  1. Há ainda problemas em relação à falta de funcionários (greve) como a concessão de créditos em lingua estrangeira ou a mudança de habilitação que não foram comentados como serão solucionados.

    ResponderExcluir